quarta-feira, 31 de julho de 2024

FILOSOFIA NATURAL

 

FILOSOFIA NATURAL


O termo filosofia deriva do grego phílos ('.'amigo", "amante") e sophía ("conhecimento", "saber") e tem praticamente tantas definições quantas são as correntes filosóficas.

Origem da filosofia natural

O homem primitivo estava à mercê da natureza e a ela subjugado, mas se sentia também seu filho, e como tal se relacionava com o meio. Laços mitológicos profundos ligavam-no a esse ambiente, como comprovam manifestações totêmicas observadas em várias culturas.

O instinto de sobrevivência e a curiosidade impeliram o ser humano a estudar o meio que o cercava e a resolver a seu modo as questões e a inquietação que o enigmático e ameaçador mundo natural lhe suscitavam. Assim surgiram os mitos, as artes e o conhecimento empírico dos acontecimentos e fenômenos naturais.

Ciclos e ritmos, vida e morte, sucessão das estações, dia e noite constituíram as referências e linhas que guiavam a atividade do homem primitivo e que nele geraram o senso de medida e a intuição de arraigadas leis naturais, às vezes esboçadas em relatos e lendas de caráter mitológico.

A filosofia oriental, cujos expoentes máximos se encontram nos Vedas (textos sagrados hindus) da Índia e nos princípios do budismo e do taoísmo, sempre concebeu o homem como um ser não só plenamente integrado à natureza, mas com ela coincidente em sua essência.

De fato, para o hinduísmo, Atman, o ser mais profundo do homem, é Brahma, o absoluto. Brahma e Atman são um ser único, e Atman é o reflexo de Brahma percebido pela mente humana.

Outros foram os caminhos da filosofia ocidental. Os pré-socráticos partiram do conceito de physis ou natureza como o campo de observação sobre o qual se interroga e especula, mas de uma posição de observadores independentes dela.

Mais tarde, o pensamento judaico-cristão acentuou e enfatizou o papel preponderante do homem na natureza, de acordo com o mandato divino expresso no Gênesis: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a." o desvirtuamento do sentido original dessa doutrina, utilizada mais como justificativa de uma atitude pouco racional e claramente egoísta em relação à natureza do que como princípio orientador aplicado com inteligência e sob a luz dos ensinamentos bíblicos, constitui sem dúvida uma das causas do tratamento que o homem tem com frequência dispensado ao meio que o cerca.

Essa tendência se reforçaria ao longo dos séculos, principalmente com a expansão e o desenvolvimento das sociedades europeias, até atingir seu auge a partir do advento da revolução industrial.

Para efeitos práticos, a natureza foi considerada como objeto de conquista, dominada e remodelada segundo as exigências do crescimento econômico e do poder político. A expansão da agricultura, o aumento populacional, a exploração de novos territórios, a necessidade de matérias-primas para alimentar a indústria e a formação de impérios coloniais foram alguns dos fatos que estabeleceram em escala mundial um novo tipo de relação entre o homem e a natureza.

Leis naturais e método científico

O domínio da natureza ocorreu paralelamente ao conhecimento das leis naturais. Com o Renascimento, a especulação filosófica e a concepção de mundo dos gregos antigos ganharam vigoroso impulso, o que estimulou o desejo de saber e de experimentar e devolveu ao homem a confiança em sua capacidade para buscar e descobrir por si mesmo a verdade e superar as afirmações sustentadas por tradições ou dogmas. Assim, com base na experiência e na observação dos fenômenos naturais, surgiu o método científico.

Da primitiva filosofia natural, que englobava os mais variados ramos do saber, foram aos poucos se destacando diversas disciplinas que o trabalho de pesquisa progressivamente dotou de entidade e conteúdo próprios e que finalmente se constituíram nas diversas ciências.

A partir de então, o conhecimento da natureza se atomizou e cada ciência se ocupou de uma parcela dele. Assim, o que se ganhou em especialização se perdeu no que diz respeito à compreensão global e integrada da natureza.

Esse processo contribuiu para que a intervenção humana com objetivos parciais se tornasse globalmente destruidora e agravasse as múltiplas contradições que envolvem a concepção fragmentada do meio natural e das relações do homem com ele.

Progressivamente, o homem substituiu seu meio natural por outro, produto de seu trabalho e de sua inteligência. Esse mundo artificial em alguns casos o afastou de tal maneira do mundo natural que fez com que o homem perdesse o sentido de seu verdadeiro lugar na natureza. Por isso, muitas vezes o homem intervém cegamente nos delicados sistemas naturais, nos quais tudo está inter- relacionado, e provoca graves alterações de equilíbrio.

Assim, definem-se problemas que, por sua abrangência e intensidade, afetam a humanidade como um todo e obrigam-na a enfrentar de forma contundente, questões como o crescimento demográfico, a utilização dos recursos naturais, a ação sobre os ecossistemas, o impacto da indústria etc.

Diante desses e de muitos outros problemas igualmente prementes, têm surgido várias soluções, que vão desde a adoção de tecnologias alternativas de menor impacto ambiental e medidas de controle de natalidade nos países em que a superpopulação constitui a mais grave dificuldade, até a avaliação dos custos ecológicos do desenvolvimento e um novo questionamento de alguns objetivos e metas políticas e socioeconômicas.

Marcos Navarro Miliozzi

terça-feira, 30 de julho de 2024

O RIO NÃO VIVE SOZINHO

    

    A cultura Indígena vê a VIDA de maneira ampla e respeitosa. Nela eles falam de muitos tipos de existências espirituais.

    São muitos tipos de vida no mesmo planeta Terra. Muitos povos culturalmente entendem a Natureza como sendo obra do Criador do mundo, onde todos habitantes são dependentes um dos outros.

    Nós os humanos dependemos de tudo, desde vegetais, do sol, da água, da terra…, até do vento…, pra não dizer do ar… e do mar. Somos super dependentes.

    Lembrar que todos os seres, animais ou vegetais, podem viver sem a presença humana, mas, nós os Humanos, não podemos viver sem a presença deles pode ser um alerta para nossas atitudes em relação ao mundo. O rio, por exemplo, na cultura indígena é considerado uma entidade que não precisa ser protegido por ninguém ele exige apenas respeito.

    Por exemplo: se preservarmos as minas d'água, elas ao se juntarem com outras formam os córregos que são pequenos rios.

    A Natureza formou junto aos cursos d'água a "mata ciliar". Diante desta oferta natural, o córrego ou rio, "fornece" umidade necessária para a mata viver.

    VIDA É PARCERIA QUE MERECE SER LEMBRADA TODOS OS DIAS.


Carlão Coimbra

    

A MORTE DAS ÁGUAS EM MUZAMBINHO

 


DIALÉTICA DA PAZ

  IA Miliozzi No ventre do mundo, a vida dialoga, entre o ser e o todo, a alma se joga. Existir é conflito, é busca, é flor, mas também ...